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Fernando Sobral - Jornalista fsobral@negocios.pt
07 de Novembro de 2018 às 19:02

Bang! Bang!

Na Câmara dos Representantes, de maioria democrata, as decisões de Trump passarão a ser mais escrutinadas e desafiadas. Vai ser um tempo de filmes de cowboys.

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Henry Kissinger gostava de se comparar a John Wayne, o cowboy perfeito. Como este, Kissinger gostava de actuar sozinho, algo que os americanos adoram. O cowboy, com o seu elegante cavalo e com a pistola no coldre, entrava numa cidade ocupada por pistoleiros e estes fugiam. Ou então eram abatidos sem piedade e a paz voltava ao povoado. Na falta de heróis assim, os americanos, amedrontados com o mundo e com a sua própria sombra, elegeram Donald Trump. As eleições intercalares foram uma versão revista do tiroteio de OK Corral. Aqui a luta não durou mais de 30 segundos. Na política americana, a batalha campal vai durar mais dois anos. A América está dividida ao meio. As zonas rurais juntaram forças à volta de Trump e dos republicanos. Os distritos urbanos e suburbanos enviaram uma mensagem: querem um contraponto ao Presidente. Os jovens e as mulheres confiam mais nos democratas, os homens mais nos músculos de Trump. Na Câmara dos Representantes, de maioria democrata, as decisões de Trump passarão a ser mais escrutinadas e desafiadas. Vai ser um tempo de filmes de cowboys.

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