A coligação de candidatos apoiada pelos reformistas iranianos chama-se "a lista da Esperança". E é nela que muitos vêem a possibilidade de uma renovação no clima político do Irão, depois da janela entreaberta pelo acordo nuclear e pela possibilidade de o país exportar petróleo e de ver entrar investimento estrangeiro. Os primeiros resultados referiam a possibilidade de essa lista ganhar os 30 lugares parlamentares de Teerão. Os primeiros resultados referiam também uma forte votação no ayatollah Rafsanjani, apoiante do Presidente Rouhani, para a Assembleia de Sábios. Aparentemente a liderança do Presidente Hassan Rouhani e os seus aliados reformistas mereceram um voto de confiança dos eleitores iranianos. E para isso muito terá contribuído a afluência às urnas do eleitorado mais jovem que desejará aproveitar a vaga do fim das sanções económicas e do isolamento internacional. Esse avanço das forças reformistas terá sido mais evidente em Teerão, o que poderá ter levado ao fim da maioria mais conservadora e radical que tem dominado o Parlamento de 290 lugares. Atrás de uma maior abertura económica poderá vir agora um outro ambiente político e social, menos sufocante para uma população jovem. Cerca de 60% da população iraniana de 80 milhões tem menos de 30 anos. E muitos desejam conhecer outras realidades. Espera-se também que haja uma alteração, para uma linha mais moderada, da Assembleia de Sábios que escolhe a máxima autoridade do país, o Líder Supremo.