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Fernando Sobral - Jornalista fsobral@negocios.pt
04 de Janeiro de 2016 às 00:01

O adeus de Portas

Pragmático e astuto, Paulo Portas retira-se para poder voltar. Com outras ambições.

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O maior desafio que se coloca a um político é sobreviver ao seu próprio êxito. Paulo Portas, ao dizer adeus, quer sair galardoado pelas suas maiores vitórias: ter conseguido delimitar a linha ideológica do Governo durante quatro anos e ter vendido ao PSD uma coligação onde o PP conseguiu mais deputados do que teria se voasse sozinho. Portas afasta-se como vencedor num teatro de derrota. O PS ocupa o poder e parece difícil removê-lo de lá nos próximos tempos. Assim Portas sabe que, na bancada parlamentar, poderia fazer brilhantes discursos sobre a "geringonça", mas que esta continuaria a rodar, arriscando-se a ser atropelado por ela. É uma batalha que não lhe interessa ter, deixando-a, como cicuta, para Passos Coelho, político que sempre viu como uma criatura dos verdadeiros criadores: Portas e os núcleos ideológicos académicos que definiram a nova direita portuguesa e o modelo de país criado pela austeridade.

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