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Fernando Sobral - Jornalista fsobral@negocios.pt
11 de Setembro de 2018 às 09:30

Que futuro para a Síria?

Não existem muitas cimeiras como a que decorreu a 7 de Setembro em Teerão entre os Presidentes do Irão, da Rússia e da Turquia: as discussões entre eles foram transmitidas pela televisão.

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Todos as puderam ver, mesmo os norte-americanos. O tema central foi a Síria e pareceu existir acordo no básico: a soberania territorial da Síria, a necessidade de destruir o terrorismo e a continuação de esforços conjuntos para acabar com a crise de Idlib. Erdogan disse ser necessário um cessar-fogo em Idlib, ao que Putin respondeu que não estavam na cimeira membros dos grupos armados. Ambos pediram, no entanto, a deposição de armas dos intervenientes. Erdogan e Rouhani disseram que é necessário acabar com todos os grupos terroristas da Síria, incluindo os que estão a leste do Eufrades, incluindo os ligados aos curdos do PKK, com quem os EUA têm colaborado. Já a Rússia não reconhece o PKK como terrorista. As linhas de fricção são evidentes entre os três. Putin foi claro: a Rússia está determinada a atacar Idlib para acabar com os terroristas, sem grandes preocupações com os danos colaterais sobre as populações civis. Erdogan tem uma visão diferente: é muito possível que, com o ataque russo-sírio, haja uma nova vaga de refugiados sírios para a Turquia. Mas foi evidente que não se conseguiu um acordo de cessar-fogo. Ou seja, a ofensiva síria tem pernas para andar. Apesar de os três Presidentes considerarem, no comunicado final, que a solução militar não resolverá o problema. Terá de haver um acordo político.

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