As reparações do passado no futuro do Oceano
O número de escravos que encontraram o seu fim nas águas do Atlântico é difícil de quantificar, mas estima-se que milhões de vidas tenham sido perdidas nesse processo desumano.
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As recentes polémicas em torno dos comentários de Marcelo Rebelo de Sousa originaram ecos distintos, tanto a nível interno quanto externo. A verdade é que o passado é irreversível e não há ação que possamos realizar neste momento capaz de alterar o que já aconteceu, o que, feliz ou infelizmente, é parte da História. Neste contexto, a única medida a tomar é reconhecer os factos ocorridos, compreendê-los sob diversas perspetivas, destacar os feitos heroicos e reconhecer os erros cometidos. Não tenhamos dúvidas que fomos capazes de desenvolver uma tecnologia ímpar que nos permitiu romper com a milenar rota das especiarias e abrir as portas da globalização. Infelizmente, com grandes feitos há sempre um lado negativo. No entanto, é crucial contextualizar o Homem e os seus comportamentos à época, para não distorcermos um passado regido por valores próprios, comparando-os com os atuais valores sociais da nossa civilização.
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