Na vaga de greves vê-se o legado da crise
No Estado ou no setor privado, a contestação laboral não é só estratégia pré-eleitoral das corporações e dos sindicatos - é um reflexo claro dos efeitos duradouros da crise. Esta sombra é um dos maiores obstáculos à pretensão do PS em conseguir uma maioria absoluta.
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Professores, estivadores, enfermeiros, trabalhadores dos hipermercados, funcionários da CP, funcionários do Metro, bombeiros, trabalhadores dos CTT, guardas prisionais, trabalhadores dos registos e notariado, juízes - e a lista poderia continuar. Vivemos um tempo estranho. A recuperação económica e a anestesia política - ou a pacificação, para os mais otimistas - corre em paralelo com um volume recorde de paralisações e protestos de classes profissionais no setor público e no privado. Paradoxal? Nem por isso.
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