Saber quase tudo
Tirando a sorte e o azar, que no longo prazo se anulam, nenhuma acção, nenhuma estratégia, pode ser melhor do que a informação em que se baseia.
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O mundo digital “é a primeira sociedade verdadeiramente humana,” escreveu Vilém Flusser (1920-1991), o filósofo checo-brasileiro, porque é uma sociedade criada inteiramente pelos seres humanos. “Estranha vai ser a natureza”, avisou há décadas Marshall McLuhan, o pensador dos media, referindo-se ao que viria a ser a, então antecipada, actual sociedade da informação. De um ponto de vista fundamental, à luz destas ideias e pensando nos Estados e nas organizações em geral, pode dizer-se que hoje a tecnologia é a estratégia e que a informação é a matéria com que se constrói a realidade. O “big data”, a ubiquidade da internet e dos smartphones, o enorme poder computacional que se atingiu e a aprendizagem da máquina são hoje em dia o contexto do poder mundial, político, militar, económico, cultural e social. Três episódios político-militares recentes ilustram este quadro novo, mas em desenvolvimento desde a segunda metade do século passado.
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