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Fernando Sobral - Jornalista fsobral@negocios.pt
25 de Outubro de 2018 às 20:15

O terrível mundo novo

Com passos rápidos, mas seguros, o mundo caminha para o regresso à Idade Média. A Inquisição das redes sociais simboliza este tempo em que não se debatem ideias: gritam-se certezas, com o objectivo de calar tudo o resto.

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A intolerância vai crescendo no dia-a-dia, nas mensagens de ódio do Twitter, na incapacidade para escutar o que o outro tem a dizer. As pessoas querem respostas rápidas às suas aparentes preocupações. O culpado é o "outro". Não admira também que se caminhe do insulto fácil para um mundo de violência. Que passa da verbal para a física. O que se passou por estes dias nos EUA, as ameaças de Jair Bolsonaro sobre a Folha de S. Paulo, o assassínio de Jamal Khashoggi, são vértices deste "buraco negro" que ameaça a democracia, a cultura e a tolerância. Quando Donald Trump evita condenar explicitamente as ameaças bombistas sobre uma série de figuras democratas nos EUA e, também, sobre a CNN, sabe o que faz. Ele tem sido uma fonte de insultos à CNN, a Obama e a Hillary Clinton. Ou a pessoas de "outra cor", como se viu agora nas suas declarações sobre a marcha de migrantes que está a chegar às portas dos EUA. Com as eleições para a câmara baixa dos EUA a entrar na recta final, há muito em jogo. E os EUA parecem à beira de uma guerra civil entre apoiantes e adversários de Trump. O ódio está a consumir as democracias. E há quem aposte nisso.

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