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Fernando Sobral - Jornalista fsobral@negocios.pt
10 de Novembro de 2015 às 00:01

Taiwan e China: um abraço com futuro?

O encontro entre os Presidentes de Taiwan e da China no espaço neutral de Singapura foi histórico. Mas estarão criadas as condições para uma aproximação maior?

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Taiwan (que os navegadores portugueses baptizaram como Ilha Formosa) e a China Continental vivem divididas por um estreito e por feridas difíceis de cicatrizar. O encontro histórico, na neutral Singapura, entre os Presidentes dos dois países, Ma Ying-jeou e Xi Jinping, e o aperto de mãos cordial entre ambos pode ser simbólico. Mas pode significar, a prazo, mais do que isso. Tal como disse Jinping: "Nós somos uma família. Não importa o muito por que já tenhamos passado dos dois lados do estreito, nada nos pode separar." O encontro foi o primeiro, em mais de 60 anos, entre os líderes das "duas Chinas". E acontece quando estamos a poucas semanas das eleições em Taiwan que escolherão o sucessor de Ma Ying-jeou e a tensão entre adeptos da independência da ilha e os que apoiam o regresso à "mãe pátria" está ao rubro. No encontro entre os dois líderes esqueceram-se momentaneamente os ecos da divisão ideológica entre os dois ramos da família chinesa, entre os herdeiros do Partido Comunista de Mao Zedong e os do Kuomitang do general Chiang Kai-shek (que teve o apoio decisivo dos norte-americanos). A República Popular da China nunca esqueceu a vontade de que Taiwan voltasse a fazer parte do país, embora a sua posição tenha evoluído para a aplicação do princípio que aplica a Macau e Hong Kong: "Um país, dois sistemas."

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