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Fernando Sobral - Jornalista fsobral@negocios.pt
22 de Fevereiro de 2016 às 00:01

Um homem só

Quando, há alguns anos, os GNR cantavam sobre os "homens temporariamente sós", não estavam a pensar em Carlos Costa. Até porque o governador do Banco de Portugal é, há muito, um homem definitivamente só.

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Não apenas porque as condições meteorológicas exteriores aconselhavam há muito o seu recolhimento noutras latitudes, mas também porque o trabalho incessante que tem desenvolvido no Banco de Portugal tem-se revelado um prodígio de nulidade. Nada que tivesse demovido o anterior Governo de o reconduzir, depois de ele ter sido o bode expiatório de muitas decisões governativas e de ter sido atacado directamente por membros do anterior Executivo. E de Carlos Costa ter aceitado manter-se, mesmo sabendo que as eleições legislativas estavam à porta. Pior: sucessivas intervenções (ou falta delas) mostraram sempre um governador em busca do seu destino. Há dois casos recentes (e já nem se fala do BES, ainda por explicar convenientemente, e do Banif) que mereciam que o Banco de Portugal deixasse de se colocar numa torre de marfim, ao abrigo do seu estatuto de independência, como se não tivesse de abrir a boca sobre nada.

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