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Mercadona “cola-se” a 13 de julho ao Lidl e Supercor no Porto

A retalhista espanhola já tem data para abrir a terceira loja na cidade do Porto, que cria 65 empregos ao lado das concorrentes, nos terrenos da antiga fábrica Alumínia que eram conhecidos como "supermercado de droga".

30 de Junho de 2021 às 11:02

É a 22.ª em Portugal e a 3.ª no Porto. A 13 de julho, a Mercadona vai inaugurar mais um supermercado na cidade Invicta, localizado na freguesia de Lordelo do Ouro, que vai ficar "entalado" entre o Lidl e o Supercor, do El Corte Inglés, numa distância de apenas 300 metros.

Depois das aberturas na Boavista e em Campanhã, a chegada da retalhista espanhola à zona do Fluvial (Rua Diogo Botelho), onde terá uma área de vendas de 1.900 metros quadrados, significa a criação de 65 postos de trabalho "estáveis e de qualidade", de acordo com a empresa.

A nova loja portuense está situada nos terrenos que durante quase 80 anos foram ocupados pela empresa Alumínia, que em 1980 passou a chamar-se Comanor e mudou de atividade, trocando a produção de utensílios de cozinha pelo fabrico de botijas de gás.

A partir de 1996, com o fecho definitivo desta fábrica, a carcaça industrial converteu-se numa "sala de chuto". E nem a demolição das antigas instalações em 2014, após a Câmara ter tomado posse administrativa do terreno, fez com que os toxicodependentes deixassem de consumir droga naquele local.

Uma situação que só se alterou quando a KFC, em 2016, e depois o Lidl, em 2019, se instalaram naquela zona, ocupando a área onde funcionara a falida Cofanor. Nos terrenos vizinhos, na direção da Foz, a Comanor Imobiliária, detida pela terceira geração da família do empresário António Miranda, avançou com o projeto Retail Park Diogo Botelho.

É neste empreendimento que a Mercadona abre esta unidade, que responde ao "modelo de loja eficiente" da empresa, com corredores mais amplos para "uma experiência de compra cómoda e segura". Conta com 240 lugares de estacionamento, dos quais 10 são destinados ao carregamento de veículos elétricos.

Mais sete em 2021

Esta é a segunda loja que a cadeira liderada por Juan Roig abre este ano em Portugal, prevendo mais sete até dezembro (Vila Nova de Famalicão, Matosinhos, Vila do Conde, Felgueiras, Valongo, Santa Maria da Feira e Espinho), chegando assim a um total de 29 espalhadas pelos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto e Aveiro.

Vila Nova de Gaia (Canidelo e Mafamude), Matosinhos, Maia, Gondomar, Porto, Barcelos, Braga, Ovar e São João da Madeira foram as primeiras cidades portuguesas a acolher lojas em 2019. No ano passado, abriu portas em Aveiro (2), Trofa, Valongo, Penafiel, Santo Tirso, Paços de Ferreira, Porto (Campanhã), Águeda e Viana do Castelo.

Na apresentação de resultados, em abril, a Mercadona divulgou que os primeiros 20 supermercados em Portugal geraram um volume de negócios de cerca de 186 milhões de euros em 2020, tendo investido 113 milhões de euros e pago 32 milhões de euros em impostos no ano passado, que foi o primeiro ano completo de operações deste lado da fronteira.

Portugal foi o primeiro destino de internacionalização da marca que lidera o retalho alimentar no país vizinho. Começou por instalar a sede no Porto, na zona da Boavista, mas acabou por saltar o rio Douro e mudá-la para os novos escritórios centrais em Vila Nova de Gaia.

A empresa sediada em Valência já anunciou também a construção de um bloco logístico em Almeirim, no distrito de Santarém, uma infraestrutura necessária para suportar a expansão da retalhista no sul de Portugal, em particular para o distrito de Lisboa, onde prevê abrir os primeiros supermercados em 2022.

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